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Abordagens mais sofisticadas em embalagem.

Abaixo, o trecho da matéria “Embalagem – Mais importância, novas exigências” da Revista ABA, Nº 106, onde falamos um pouco sobre o nosso trabalho na busca de novos conceitos e linguagem para embalagens.

“Na busca de soluções que consigam sair do lugar-comum, os escritórios de design e embalagem têm explorado cada vez mais outros campos de conhecimento, como os estudos semióticos e os da neurociência. No caso desse último, tem sido de extrema importância as experiências que comprovam que a capacidade de uma pessoa lembrar algo depende em grande parte do contexto emocional. “Por tanto, elaborar essa conexão torna-se essencial na construção de uma embalagem. Como falamos de ser humano, não importa tanto a classe social, e sim sua essência”, comenta Rocchiccioli, concordando que num momento de excessos como o que vivemos hoje, o importante para as marcas é a “simplificação da proposta”, ou seja, o consumidor tem que olhar para o produto e entendê-lo de forma clara e rápida.

Extrapolar os caminhos usuais no desenvolvimento de seus projetos também tem sido uma das premissas das atividades da 808 Comunicação e Design, que atua no processo de construção das marcas, mas fazendo uso da semi-ótica, da psicanálise e das teorias de comunicação para chegar a um design conceitual. Nesse sentido, projetos isolados de embalagens são evitados, pois acredita-se que, num cenário cada vez mais competitivo, o foco deve ser o branding. “A partir daí podemos buscar diferenciais, mas não no visual, e sim em termos conceituais, baseados na essência da marca”, analisa Ricardo Tucci, diretor de criação da agência.

Ele enfatiza que a preocupação com o target não pode ser desvinculada da preocupação com a marca, no sentido de resgatar, em cada projeto, os elementos básicos de sua essência, que, num segundo momento, vai ser transformado em design gráfico. “A melhor estratégia para o desenvolvimento de embalagens, atualmente, não é apenas como ela se representa, mas como deve ser pensada de forma integral”, argumenta, lembrando que muitas vezes o mercado fica à mercê da subjetividade. “Usamos essas técnicas para justificar a inclusão de cada um dos elementos, certificando que eles funcionam”, comenta, enfatizando que o emprego dessa abordagem acaba facilitando também o relacionamento com o fornecedor, que entende melhor a proposta dos projetos.

Perrelha faz uma avaliação mais crítica da situação do mercado, justamente pelo fato de que as empresas não buscam estúdios e agências que tenham expertise em pessoas, em comportamento ou em projeções sociológicas, e sim expertise na operacionalização de softwares. “Existe uma vertente errática do design no Brasil, onde é sempre a velha história, tema e subjetividade: o belo. A pena é que apenas uma minoria sabe a respeito do belo e sequer se deu ao trabalho de ler um pouco sobre Johann Wolfgang Von Goethe”, critica, enfatizando que isso acaba motivando a agência, uma vez que significa que ainda estamos num setor muito cru, quando se fala em como, quando e porque comprar design.”

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